O que fazer na Cidade do Panamá – Roteiro de 3 dias

A Jéssica Castilho fez uma viagem para Cidade do Panamá por 3 dia. Ela  nos presenteou com esse guest post  com dicas sobre o que fazer na Cidade do Panamá por 3 dias ?. Para quem não viu, a Jéssica já falou um roteiro e 2 dias em Bogotá, na Colômbia.

O que fazer na Cidade do Panamá – Dia 1

Depois de dois dias em Bogotá, tinha chegado a hora de irmos para o Panamá. Para isso, tínhamos comprado uma passagem pela Wingo, empresa aérea low cost da Colômbia, que nos cobrou cerca de COP 274.000 (cerca de 290 reais) por pessoa o trecho. Neste valor não inclui bagagem despachada, apenas uma mala pequena, e mais outra bolsa pequena de mão (na realidade, todo mundo acaba levando o quer). Além disso, vale lembrar que caso você próprio não imprima seu cartão de embarque, que só está disponível 48 horas antes, você pagará um valor de 15 U$ (DÓLARES!) para essa impressão na hora do embarque.

Outro ponto importante: como tínhamos apenas comprado o trecho de ida pela companhia, na hora do embarque fomos obrigados a mostrar o bilhete de volta, com e-ticket e tudo para eles deixarem a gente embarcar. O problema é que estava no celular, e a internet estava falha. Então, se fizer isso, melhor preparar os tickets impressos.

Chegamos à Cidade do Panamá cedo, por volta das 09:00 da manhã e a primeira coisa que sentimos foi calor. Estava super nublado, chuviscando, e suávamos com nossas roupas preparadas para Bogotá. O aeroporto que a Wingo opera não é o aeroporto maior da cidade, e sim o aeroporto de Panamá Pacífico, super pequeno. Chegando lá, já tivemos uma pequena amostra do tratamento dos panamenhos, com o agente de imigração fazendo muitas perguntas e nos olhando meio estranho. Depois do interrogatório, entramos no Panamá, e tínhamos que sair daquele aeroporto. Wi-fi? Nadica. Uber? Nadica. Ônibus? Nadica. Solução: táxi a 30 doletas!!! Erro gigante aqui. Simplesmente o cara falou 30 dólares e aceitamos. No fim, descobrimos que no Panamá quase tudo se negocia e pelo menos uns 5 dólares teríamos salvo aí.

Enfim, chegamos ao hostel por volta das 10 da manhã, com fome, cansados e suados, mas não pudemos entrar porque não era hora do check-in. Aqui também tivemos mais uma amostrinha do tratamento panamenho, com o dono pouco falando com a gente e nos respondendo monossilabicamente. Mas no fim, vendo nosso estado, até nos ofereceu um café-da-manhã preparado por ele: panquecas e chocolate. Comi igual uma louca por causa da fome, e aquilo me satisfecz momentaneamente. O hostel que ficamos foi o Siriri em quarto privativo, e o valor cobrado para duas noites foi U$ 70. O local é bem bonitinho, tem piscina, as áreas comuns são agradáveis, a internet funciona no quarto, e o quarto privativo tem ar condicionado, coisa essencial no Panamá. A localização é bem no meio da área moderna, mas não tem muita coisa ao lado.

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o que fazer na cidade do panamá

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Para aproveitar as horas que faltavam para o check-in, decidimos caminhar e achar os chips para o celular e cartão para o transporte público. Nessa hora, a chuva decidiu apertar bastante, e aquele chuvisco que não incomodava nos fez ficar ensopados. Resultado: mais um guarda-chuva a ser comprado (U$ 5,00) , pois o outro não pode ser despachado na bagagem de mão. Ao fim da saga, não encontramos chips, nem cartão de ônibus, e decidimos simplesmente ir comer.

Fomos ao Mercado de Mariscos enquanto a chuva caía torrencialmente. Paramos o primeiro táxi, e lá fomos. E aí tivemos uma esperança com os panamenhos. O taxista nos tratou suuuper bem. Conversou, explicou e inclusive vendeu o cartão de ônibus que estávamos buscando (pena que vendou super inflacionado, mas é a vida né?). Total: U$ 3 (corrida) ; U$ 5,00 (cartão).

O Mercado de Mariscos é um ponto turístico da cidade, sendo que há vários restaurantes que vendem ceviches, peixes fritos e assados, lagostas e etc. Não nos restringimos à área de restaurantes e fomos dar uma volta no Mercado. Dizem por aí que a gente não pode conhecer cozinha de restaurante senão não come né? Hahaha, essa é a sensação. O local não é o mais limpo do mundo, mas já que estávamos ali, encaramos a missão. Comi um ceviche de peixe branco por U$ 3,00 e o Rapha pediu uma lagosta por U$ 30,00. O assédio dos garçons ali é bem grande, e acabamos optando pelo lugar onde o garçom tinha sido mais simpático.

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Voltamos ao hostel de metrô (U$ 0,35), com o cartão que compramos do taxista devidamente carregado, e tiramos nosso merecido descanso.

À noite, decidimos dar uma volta pelas ruas perto do hostel, e descobrimos que ele ficava perto de uma das ruas ‘badaladas’ da cidade, a Calle Uruguay, que tem restaurantes e boates. Fomos lá dar uma conferida, mas como domingo é domingo no mundo inteiro, estava simplesmente às moscas, e terminamos a noite no chinês fast food mesmo.

o que fazer na Cidade  do Panamá – Dia 2

Desde o Brasil, eu tinha pesquisado que na época entre julho e outubro o Panamá recebe baleias no seu lado do Pacífico. Como a nossa viagem seria por essa época, não queria perder por nada esse espetáculo. O problema é que no Panamá tudo é meio caro, por causa do dólar. Pesquisando muito, e todas as formas mais baratas de se ver as baleinhas, achei que o ideal seria ir passar um dia no arquipélago “Las Perlas” e que provavelmente nesse caminho conseguiríamos vê-las. Inconformada em ter que pagar U$ 100 pela ida e volta por pessoa, comecei a seguir todas as páginas de promoção no Instagram para ver se rolava alguma promoção. Até que uma semana antes da viagem, achamos uma promoção pelo site https://ofertasimple.com/ um tipo de site de compra coletiva, em que o valor do passeio que queríamos e na época que queríamos sairia por U$ 49 por pessoa. Compramos na hora!

Eis que o nosso quarto dia foi então reservado para isso. Chegamos cedo ao local de partida (06:30), e o ferry sairia às 07:00, mas na verdade saiu 07:30. O ferry é confortável, e optamos por ficar do lado de fora para conseguir ver as baleias. A duração da viagem foi de aproximadamente uma hora e meia, com muito vento, e alguma chuvinha.

E sim, vimos muitas baleinhas no meio do caminho. Lindas, grandes e com suas famílias. Me senti extremamente emocionada vendo, foi realmente um espetáculo maravilhoso.

o que fazer na cidade do panamá

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Por volta das 09:00 da manhã chegamos a Isla Contadora, e não sabíamos muito bem para onde ir e o que fazer. Vimos diversos carrinhos de golfes, e algumas pessoas oferecendo ‘day uses’ com almoço. Estava muito quente, e a ilha é toda asfaltada. Foi aí que percebemos que não daria para simplesmente caminhar e achar algo, e que teríamos sim que pagar um ‘day use’ para que alguém nos levasse a alguma praia. No fim, fechamos um por U$ 35 por pessoa, com direito a almoço. Assim, nos levaram de carrinho de golfe até uma pousada, ‘ganhamos’ um suco de laranja, ordenamos nosso almoço para 13:00, e dali nos levaram a uma praia pequena, com poucas pessoas, mas extremamente bonita.

Se você já esteve em Ilha Grande alguma vez na sua vida, se um dia for a Isla Contadora provavelmente terá a mesma sensação que tivemos. A natureza é muito parecida, incluindo a cor do mar e da areia. Mas a água ali do Panamá era talvez um pouco mais quentinha. Passamos então o dia ali, naquela belezura de praia, exploramos alguns pontos, almoçamos um peixe frito, e por volta das 15:00 estava previsto o retorno para voltarmos ao ferry.

o que fazer na cidade do panamá

o que fazer na cidade do panamá -Isla Contadora

o que fazer na cidade do panamá

o que fazer na cidade do panamá – Isla Contadora

Na viagem de volta, vimos algumas baleias também, mas estávamos todos tão cansados que o ferry nem parou. Dica extra para quem quer ver de perto as baleias e é super corajoso: Assim que você desce do Ferry tem um barquinhos oferecendo um passeio para ver as ‘ballenas”. Não perguntamos o preço, mas acredito que eles cobram U$ 50 por pessoa. Dizem que eles levam beeem pertinho mesmo.

Chegamos à Cidade do Panamá às 17:00, e precisamos pegar um táxi para retornar ao hostel, visto que os ônibus que passam no local são poucos. Não se assuste, os táxis de lá podem ser MUITO velhos e sujos. Pegamos o primeiro que apareceu, e este nos cobrou U$ 15 para nos levar. Outro erro nosso, que não combinamos o valor de partida antes de sair. Era tanto cansaço, que estávamos felizes só de ter um táxi.

Assim que chegamos ao hostel, a fome bateu desesperadora. Queríamos comer algo típico do Panamá, e foi aí que dei a ideia de ir em um restaurante Panamenho chamado “Diablicos” que já tinha visto algumas pessoas indicando. Chegamos lá, e vimos um restaurante beeem turístico (parece que ele é só para estrangeiros mesmo), com uma decoração de diabinhos (fantasia utilizada na época do Corpus Christi no país), e com uma comida beeem cara. Eu pedi um prato de ‘Ropa Vieja’ (carne desfiada com legumes) e o Rapha um prato de ‘Mondongo’ (tipo uma sopa de dobradinha). Como ele odeia dobradinha, e não sabia que mondongo era dobradinha, acabou que ele comeu o meu, que era bem grande e dava para dividir. Então, dica: SEMPRE olhem e traduzam o menu se você não come algumas coisas. Total da conta: U$ 56

Ao fim, demos uma volta no bairro Casco Viejo, que parece ser o bairro mais histórico, turístico e boêmio da cidade. Como a energia já tinha acabado, decidimos voltar ao hostel para descansarmos para mais um dia.  Nessa volta, queríamos pegar um táxi. Os táxis na Cidade do Panamá são muitos e eles buzinam o tempo todo para ver se você quer. Nesse momento, paramos um, e como tinha aprendido, negociei antes de entrar. Ele queria U$ 10 por um trajeto pequeno, eu disse que pagava U$ 5, e ele aceitou. Pronto, entramos no carro, e o taxista louco, correndo e ultrapassando todo mundo. É gente, é assim que funciona. Mas chegamos bem, depois de alguns sustos.

O que fazer na Cidade do Panamá  Dia 3

Após toda essa saga, decidimos que nossa manhã seria livre para descansarmos um pouco. Estávamos em dúvida para onde seguir no Panamá, e tiramos essa manhã para pesquisar e descansar. Ao fim, resolvemos que Bocas del Toro seria o nosso próximo destino.

Almoçamos, compramos um chip de celular panamenho, que ainda não tínhamos comprado (U$ 5) pegamos um ônibus e fomos ao Terminal de Buses comprar nossas passagens para Bocas (U$ 29 ida), e horário 18:30. Tem três horários basicamente de ônibus para lá 18, 18:30 e 19.

Ir ao Panamá e não ir ao Canal é algo até meio estranho de fazer. Então, nessas horinhas que nos faltavam até a viagem, fomos até lá. Do Albrook (terminal de ônibus) até lá você precisa de um ônibus que vai até Miraflores e passa de meia em meia hora (U$ 0,25). A entrada custa U$ 15 e você tem acesso ao canal, e a um museu contando a história do canal. Entramos doidos para ver algum navio passando, mas o horário previsto era só por volta das 16, 16:30. Como não tínhamos muito tempo, nos contentamos em tirar algumas fotinhos e visitar o museu.

o que fazer na cidade do panamá

o que fazer na cidade do panamá – Canal d Panamá

Depois disso, retornamos ao hostel, pegamos nossas coisas e voltamos ao terminal de ônibus. Uma coisa que é MUITO necessária falar sobre a Cidade do Panamá é de que o trânsito de lá é absolutamente gigantesco, então planeje sempre os seus deslocamentos com antecedência. Qualquer trajeto pequeno pequeno leva em torno de 40 minutos a 1h e meia. Na cidade, pelo fato dos carros serem baratos, e ser bem quente, praticamente todo mundo tem carro. Mesmo o transporte público sendo de ÓTIMA qualidade e EXTREMAMENTE barato (U$ 0,25 – ônibus, U$ 0,35 metrô), essa parece não ser uma opção para os panamenhos.

Chegamos ao terminal quase na hora do embarque, e vimos que lá precisaríamos comprar um outro cartão para pagar a taxa de ônibus intermunicipal que custa U$ 0,10. O cartão custa dois dólares, e é necessário passaporte para comprar. Uma outra alternativa seria talvez pedir a um panamenho para passar o cartão para você e você pagar o dinheiro a ele.

Antes de entrar no ônibus compramos água e comida, mas no ônibus tem uma placa dizendo que não pode se alimentar dentro dele. Além disso, o banheiro é fechado, e só pode fazer xixi. Para ir ao banheiro você tem que ir até o fiscal do ônibus e pedir para ele destrancar o banheiro. Como eu falei sobre o trânsito, neste dia havia acontecido um acidente que nos tomou quase 2 horas apenas para sair da cidade. A viagem total levou quase 10 horas, e no meio do caminho tem uma pequena parada em que todo mundo é obrigado a descer do ônibus. Chegamos em Bocas às 05 da manhã, mas esse assunto é para outro post.



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